É muito comum que os negócios precisem de crédito empresarial em algum momento. Seja para financiar a expansão da empresa, investir em novos projetos ou até mesmo reorganizar as finanças e quitar dívidas, essa é uma necessidade recorrente no meio corporativo.
No entanto, antes de recorrer a empréstimos ou financiamentos tradicionais, é importante que os gestores considerem outras possibilidades de crédito. Essas alternativas podem oferecer condições mais vantajosas e até mesmo impulsionar o crescimento sustentável do negócio.
Você quer saber quais são elas? Veja 3 soluções de crédito empresarial para ajudar você a encontrar a melhor opção para sua empresa!
1. Emissão de CRI
Os certificados de recebíveis imobiliários (CRIs) são títulos de renda fixa emitidos no mercado de crédito privado, com o objetivo de captar recursos para projetos ligados ao setor de imóveis. Eles são emitidos por empresas chamadas securitizadoras, como a Octante.
Elas têm o papel de transformar créditos a receber de outras companhias em títulos negociáveis no mercado financeiro. Portanto, uma empresa que possui recebíveis futuros pode vender esses direitos para uma securitizadora, geralmente com um deságio no valor total.
A opção permite que a empresa receba o dinheiro antecipadamente, ajudando a melhorar o fluxo de caixa ou viabilizar investimentos, por exemplo. Em troca, a securitizadora emite os CRIs, que são lastreados pelos créditos adquiridos, e os oferece a investidores no mercado.
Como funciona a emissão?
Sabendo o que é CRI, vale entender como funciona a emissão do título. Desde 2024, as regras foram modificadas, permitindo que apenas empresas abertas com pelo menos dois terços da receita provenientes do setor imobiliário possam emitir CRIs.
Além disso, os recursos devem ser destinados exclusivamente a projetos futuros e não para cobrir despesas já realizadas — o que reforça o uso estratégico do capital. Os CRIs podem ser estruturados de duas formas principais:
- risco único: quando os recebíveis vêm de uma única empresa;
- diversificado: pode ter devedores principais ou uma base pulverizada de diversos devedores, reduzindo os riscos.
Todo o processo é formalizado em um documento chamado termo de securitização. Nele, estão informações como devedores, valores envolvidos, títulos emitidos e eventuais garantias.
Para definir o preço dos títulos e medir a demanda, é utilizado o processo de bookbuilding, que organiza uma reserva de compra. Somente após esse levantamento a emissão é concluída, buscando assegurar que o volume captado atenda às expectativas. Por fim, o registro da oferta deve ser feito junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Quais são as vantagens?
Recorrer à emissão de CRIs pode ser uma estratégia inteligente para empresas que precisam captar recursos, oferecendo vantagens em relação a outras formas de financiamento. Diferentemente das linhas de crédito tradicionais, os CRIs não envolvem o pagamento de juros periódicos.
Ademais, ao contrário da emissão de ações, eles não exigem que a empresa venda participação societária, evitando a diluição do controle acionário. Logo, com os CRIs, a empresa consegue obter o capital necessário sem comprometer sua estrutura financeira ou operacional com o endividamento.
Essa flexibilidade é essencial para negócios que buscam crescimento sustentável e eficiência na gestão de seus recursos.
2. Emissão de CRA
O certificado de recebíveis do agronegócio (CRA) é um título de renda fixa ligado ao setor do agronegócio, tendo funcionamento semelhante ao do CRI. Assim, ele também é emitido por securitizadoras para captar recursos que financiem atividades desse segmento.
A Octante foi a pioneira na emissão de CRAs no Brasil. Somos especializados em soluções inovadoras, tanto no segmento agro quanto na emissão de debêntures, títulos de securitização de recebíveis e fundos de investimento.
Como funciona a emissão?
A emissão de CRAs segue um processo semelhante ao dos CRIs. A empresa ou produtor rural que possui recebíveis futuros vende esses direitos a uma securitizadora, que organiza os recebíveis e emite os CRAs — que são oferecidos aos investidores no mercado financeiro.
Quais são as vantagens?
As vantagens dos CRAs são as mesmas dos CRIs. Não há a necessidade de a empresa se endividar com juros altos, como no caso de empréstimos, e não ocorre a diluição do controle acionário — a exemplo da emissão de ações.
3. FIDC
O fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC) é um veículo coletivo de investimento que permite aos investidores aplicarem seus recursos na compra de direitos creditórios. Esses direitos são valores a receber no futuro, como duplicatas, cheques, notas promissórias e vendas a prazo.
Por meio desse fundo, o capital de diversos cotistas é reunido para adquirir esses créditos de empresas que precisam antecipar o pagamento de valores que teriam a receber. A gestão do FIDC é realizada por profissionais especializados que avaliam e selecionam os créditos a serem adquiridos.
Como funciona a emissão?
A emissão de cotas FIDCs segue um processo regulamentado pela CVM. Inicialmente, é necessário constituir o fundo e elaborar seu regulamento, que descreve as principais regras e características do veículo.
Após essa etapa, são contratados os prestadores de serviços, como administradores e gestores, que gerenciam as operações do fundo. Em seguida, o FIDC deve ser registrado na CVM e na bolsa de valores brasileira (B3).
Por fim, o fundo pode iniciar suas operações, adquirindo direitos creditórios de empresas que buscam antecipar recebíveis.
Quais são as vantagens?
A captação de recursos por meio de FIDCs oferece diversas vantagens para as empresas. Uma das principais é a antecipação de recebíveis, que permite transformar valores a receber em recursos imediatos.
A operação garante maior flexibilidade financeira, possibilitando financiar despesas operacionais, expandir a atuação e aproveitar oportunidades de negócios sem precisar esperar pelos pagamentos futuros. Outra vantagem é a diversificação de fontes de recursos.
Ao optar pelos FIDCs, as empresas conseguem reduzir sua dependência de empréstimos bancários e financiamentos tradicionais. Assim, elas ampliam as possibilidades de obter o capital necessário para executar seus planos e projetos.
Quando se compara a emissão de CRIs, CRAs e FIDCs com o crédito tradicional, como empréstimos e financiamentos, as vantagens são mais aparentes. Em uma linha de crédito bancário, por exemplo, é preciso pagar juros e atender a uma série de requisitos que podem limitar o acesso ao recurso.
Já no caso dos CRIs, CRAs e FIDCs, a captação é feita diretamente no mercado financeiro. Muitas vezes, elas têm custos mais competitivos e condições alinhadas às necessidades do negócio — sem gerar um passivo, como visto.
Neste conteúdo, você conheceu 3 soluções de crédito empresarial que podem ser mais vantajosas para o seu negócio do que as modalidades tradicionais. Agora, vale a pena estudar as possibilidades e entender quais delas podem ser interessantes para a empresa.
Você se interessou por essas formas de crédito para negócios? Acesse o site da Octante e confira como podemos ajudar a utilizá-las!