Investir é mais do que alocar o seu dinheiro em ativos aleatórios em busca de um retorno financeiro. Trata-se de um processo estratégico, que visa aumentar o capital do investidor ao longo do tempo, por meio da escolha de alternativas que permitam alcançar metas e objetivos financeiros específicos.
A seleção de investimentos adequados demanda uma avaliação minuciosa de diversos fatores, estando o risco e o retorno entre os mais importantes. Compreender esses componentes e saber balanceá-los é fundamental para a montagem de uma carteira de investimentos robusta.
Confira neste post o que é a relação risco e retorno e por que considerá-la ao investir o seu dinheiro no mercado financeiro.
Boa leitura!
O que é a relação risco e retorno?
A relação entre risco e retorno é um conceito central no mercado financeiro. Ele representa a correlação direta entre a exposição frente às incertezas do mercado e a possibilidade de ganhos mais elevados.
Nesse relação, de um lado há o risco, definido pela volatilidade e a probabilidade de perda do capital investido. Já do outro lado, observa-se o potencial ganho de capital que se espera obter.
Em um investimento, quanto maior o risco existente, mais elevada tende a ser a remuneração proposta. Isso acontece para que o ativo seja atrativo, compensando a possibilidade de perdas que o investidor precisará suportar ao se expor àquela alternativa.
Afinal, se todos os ativos do mercado oferecessem a mesma remuneração, não haveria razões para escolher aqueles mais arriscados. Nesse contexto, se estabelece a ideia de relacionar os dois fatores para que o investidor possa verificar se o retorno esperado é compatível com o nível de risco assumido.
Qual é a importância de conhecer esse conceito para quem investe?
Sabendo o que é a relação risco e retorno, vale entender a importância de conhecer o conceito para quem investe. Observar a dinâmica entre o risco e o retorno de uma alternativa é essencial para o investidor, pois ela é a base para a tomada de decisões financeiras estratégicas.
É comum investidores inexperientes cometerem o erro de considerar apenas o potencial de retorno ao escolher uma alternativa. Por exemplo, investir em ações de empresas traz a possibilidade de multiplicar o seu capital, caso os papéis escolhidos valorizem.
No entanto, uma das principais características do mercado acionário é a sua volatilidade — embasada, entre outros fatores, na lei da oferta e demanda. Então, de fato, há chances de ter ganhos expressivos com as ações, mas as chances de enfrentar prejuízos também são mais elevadas.
O ponto de atenção é que nem todos estão preparados para assumir o risco — e as perdas podem ter um impacto emocional capaz de afastar até mesmo investidores experientes do mercado financeiro. Assim, há como evitar situações como essa ao avaliar a relação de risco e retorno dos ativos.
Ao analisar as possibilidades de perdas e o potencial de ganhos da alternativa, você identifica os fatores que podem impactar negativamente sua carteira. Da mesma forma, a avaliação permite determinar as chances de um investimento gerar lucros e até mesmo superar um índice de referência (benchmark).
Investidores que dominam essa relação conseguem gerenciar melhor suas expectativas quanto ao investimento. Adicionalmente, eles conseguem escolher alternativas que se alinham não só com suas metas financeiras, mas também com sua tolerância ao risco.
Essas informações permitem decidir se vale a pena assumir certo nível de risco em troca de um retorno potencialmente maior, ciente das duas possibilidades de resultados. Isso evita escolhas que podem levar a perdas expressivas, inclusive de custo de oportunidade — no caso de uma alocação que não traz os resultados esperados ao investidor, por exemplo.
Como avaliar a relação risco e retorno de um investimento?
Existem diversas métricas para avaliar essa relação, sendo o ROI (retorno sobre o investimento) uma das mais populares. O indicador financeiro costuma calcular quanto o investidor ganhou ou perdeu em relação ao montante alocado — mas pode ser adaptado a partir de projeções de retorno.
O seu cálculo envolve subtrair do ganho obtido o valor investido. Em seguida, divide-se o resultado pelo valor investido, multiplicando por 100 para se obter um resultado em porcentagem. A fórmula fica assim:
ROI = [(Ganho obtido – Valor investido) / Valor investido] x 100
Suponha que você está comparando dois fundos de investimento. As cotas do fundo A foram compradas por R$ 10.000 e, após um ano, estão valendo R$ 12.000. Já as cotas do fundo B foram adquiridas por R$ 5.000 e atualmente estão precificadas a R$ 6.500.
Calculando o ROI de cada um, você encontrará um retorno de 20% para as cotas do fundo A e de 30% para as cotas do fundo B. Dessa forma, é possível avaliar qual delas teve o melhor desempenho e comparar os resultados considerando o nível de risco oferecido em cada veículo.
Vale dizer que o ROI também pode ser negativo, o que revelaria que o investimento gerou prejuízo no período. Logo, a análise do indicador ajuda a tomar decisões informadas, comparar diferentes alternativas e otimizar estratégias para maximizar os retornos.
Outra prática relevante para essa análise é o uso do índice de Sharpe. Ele é um pouco mais complexo, considerando o retorno do investimento analisado, a taxa livre de risco (como a Selic) e a volatilidade do ativo avaliado para compreender se a relação entre risco e retorno é atrativa.
Como otimizar a relação risco e retorno ao investir?
Agora que você entendeu detalhes importantes sobre a relação risco e retorno, falta aprender como otimizá-la ao investir. Identificar seu perfil de investidor é o primeiro passo, pois possibilita encontrar o seu nível de tolerância aos riscos — permitindo escolhas alinhadas a ele.
Conhecer as alternativas de investimento e estratégias que o mercado oferece também ajuda expandir as oportunidades de alocação do seu capital e trazer robustez ao seu portfólio de investimentos. Ainda, vale a pena conhecer ferramentas de análise e gestão de risco — como a análise fundamentalista — para insights e decisões mais assertivas.
Outra possibilidade é considerar a diversificação da sua carteira. Dessa forma, você tem a chance de equilibrar a relação risco e o retorno de diferentes ativos. Contudo, tenha em mente que as escolhas não podem ser feitas de maneira aleatória, a fim de evitar a pulverização do seu capital.
Considere investir em oportunidades de investimento que apresentem resultados diferentes mesmo quando estão expostas às mesmas condições de mercado. Assim, ainda que uma delas apresente um resultado negativo, há chance de os ganhos obtidos nas demais atenuarem ou superarem as perdas.
Neste conteúdo, você viu a importância de gerenciar a relação risco e retorno para ampliar seus ganhos e proteger a sua carteira de investimentos. Portanto, lembre-se de considerar essa relação ao montar, readequar ou rebalancear seu portfólio.
Depois de aprender sobre a relação risco e retorno, o que acha de colocar esse conhecimento em prática? Confira os fundos da Octante Gestora e veja se eles atendem ao seu perfil!